quinta-feira, 22 de setembro de 2011


E, o amor é assim: você conhece alguém. Você e esse alguém começam a conversar. Começam a rir juntos de coisas bobas, e, com o tempo, você começa a lembrar daquela pessoa em qualquer coisa, você tropeça na rua, e por algum motivo, lembra dela. Você se apaixona. Tudo pra você muda, toda a sua perspectiva de vida é mudada, o mundo parece até mais colorido. E, tudo, pra você e pra ele, passa a ser compartilhado. Desde sorrisos até alegrias. Não é mais apenas “você”, é você… E ele. Ou, nos piores casos, ele e você, o você vindo depois, em segundo plano. É aí que mora o perigo. Brigas são normais… Porque é isso que você faz quando você quer alguém… Você briga. E eles se queriam, até demais. Conseqüentemente, com o tempo, tudo fica mais difícil, mas foda-se, qual seria a graça se fosse fácil? Certamente nenhuma. Só que, às vezes… Ele se cansa. E, no pior dos casos, nenhum dos dois se cansa, mas eles terminam. Foi isso que aconteceu, e até hoje… Ninguém sabe o por quê. Talvez nunca irão descobrir, o por quê… Por quê de se amarem tanto, se quererem tanto, mas não se acertarem. É um mistério. De qualquer forma, vem o fim. O fim, que é sempre mais certo do que qualquer outra coisa, cedo ou tarde, chega. Não o fim, tecnicamente falando,porque eles sempre estariam conectados, querendo ou não. Apenas acredite em mim: a sensação do fim poderia ser comparada a você arrancando seu coração pela boca e o apertando até que ele explodisse. Não. Errado.Fazer isso doeria bem menos. E, sabe o que é engraçado? Que, o tempo que você passa sofrendo é o dobro, o triplo do tempo que você passa amando. Tem muito mais pra se falar sobre dor do que sobre amor. Mas, voltando… Esse tal fim, só é visto pelos outros. No coração de quem ama, ele nunca existiu nem nunca vai existir. O que, sim, existe, é a espera e a aceitação. A espera, entretanto, talvez seja ainda mais dolorosa do que o fim. O fim é como “ei, acabou, siga em frente com a sua vida”, enquanto a espera é “talvez ainda que dê pra vocês dois.” E a aceitação, afinal, é quando você repete, o tempo todo pra si mesmo “vai passar, vai passar… Não, não chore agora, vai passar.” Mas, antes de dormir, você simplesmente não se segura.Tudo que você evita durante o dia caí em cima de você, e você cede, mesmo sabendo que é errado se entregar a dor. E aprender a conviver com a dor e sem o amor é como aprender a andar. Dá um medo filho da puta. Às vezes você dá um passo maior que a perna e caí. Ou então, caminha alguns metros sozinho, acha que está conseguindo… Vem um vento um pouco mais forte e te derruba.Mas, finalmente, você aprende. Você, de alguma forma, cresce com as quedas. E, eventualmente, os dois irão encontrar o seu caminho de volta, mesmo que não seja tão simples… E talvez, algum dia por aí… Eles se encontrem. Encontrem a explicação. Quem sabe algum dia eles conversem de verdade e não apenas se falem.

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