quinta-feira, 3 de novembro de 2011
O telefone não toca. A mensagem no celular não chega. Eu sinto um vazio, não estou me sentindo bem. Ele não vai esquecer. Ele se importa. Ele nunca me abandonou. Eu olho pro relógio. São seis e meia da tarde. Então saio, tento me distrair. Quando volto, pergunto: E aí alguém ligou? Um silêncio repentino toma conta na sala. Respondem: muitas pessoas ligaram, mas não queriam falar com você. Muitas pessoas? No meio de tantas ligações nenhuma dele? Olho o relógio são dez e meia. Debaixo do chuveiro a preocupação me aflige. Eu tento me desviar da preocupação mas nada. Eu ligo, afinal o que houve, eu preciso saber. O celular se encontra desligado. Eu deitei e fechei os olhos. Nada sai da minha mente, eu preciso saber de você eu preciso saber sobre aquele que faz meu coração se sentir melhor. Se ele não está bem como posso me sentir bem? Duas horas da manhã eu pego no sono. Mas exatamente cinco minutos depois uma mensagem de texto faz meu celular bipar. Olho assustada, com o coração na mão. Dizia: “Te amo acima de tudo, te guardo no meu coração e lá ninguém pode te tirar. Com você sonhei ter filhos e morarmos todos juntos… Você é uma das razões do meu viver. Promete se cuidar sempre? E não deixar ninguém te deixar pra baixo? Promete não esquecer de mim nunca? Eu te amo. Não se esqueça disso.” Pensei comigo mesma, nossa que coisa maravilhosa, perfeita. Ele me ama sem dúvidas. Como pude pensar que ele me esqueceria. Sem se ligar muito no real motivo da mensagem dormi. No outro dia de manhã. Estavam todos lá embaixo. Preocupada perguntei: Nossa gente, o que houve? Sabe, não sei como dizer mas… Congelei. Como o amor da minha vida poderia ter partido assim. Gritei. Não pode ser ele falou comigo durante a madrugada. A que horas ele morreu? Sim. Congelei ainda mais. A exatamente duas e cinco da manhã. É amor, não esqueceste de mim na morte e nem depois dela. Não sou eu quem te esquecerei a minha vida toda.
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