Era mais um dia como qualquer outro, completamente comum, ela estava sozinha como de costume, sua cama estava bagunçada, pois não conseguira dormir direito naquela noite, todos seus pensamentos voavam longe, sua vida: a mesma bagunça. Ela já estava acostumada com esse jeito monótono de viver. Mas dessa vez algo parecia diferente, ela se sentia diferente, era como se algo estivesse para mudar, mas ela não sabia se pra melhor, se bem que isso não a interessava nada, ela estava cansada, cansada da repetição, já acordava sabendo exatamente o que iria acontecer, levantaria já na hora do almoço, iria ao restaurante que ficava à esquina de sua casa, em seguida ia trabalhar na mercearia fazer as mesmas coisas de sempre, depois iria à sua faculdade de artes, ver os mesmos rostos emburrados, as mesmas pessoas irritantes, com as mesmas reclamações inúteis, ela precisava de mudanças e o mais rápido possível. Nesse dia ela resolveu fazer o seu próprio almoço, convidou alguns amigos, a cozinha ficou uma bagunça, havia ovos quebrados para todos os lados. Depois do almoço foi para o trabalho, mas desta vez conversou com seus colegas e deixou o mal humor, o que era bem comum, de lado por um tempo, no fim do expediente organizou uma festinha com as músicas que tinha em seu celular, em seguida foi para sua faculdade, fez a pintura mais bonita que já houvera feito, apresentou-a em público, e sentiu orgulho pelo que tinha feito. No fim do dia percebeu que o mesmo tinha sido o melhor à muito tempo, a verdade é que ela havia feito a mesma coisa mudando apenas os pequenos detalhes, e esses tolos detalhes que foram responsáveis por aquele dia perfeito.
Moral da história: As pessoas estão tão ligadas ao que é grande e se esquecem das pequenas coisas que a compõem, e mal sabem ela que se umas destas estiverem corrompidas todo o final seria afetado juntamente a ela.
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