[…] E mais uma vez estou escrevendo pra ti. É duro amar-lhe em segredo. É duro ver teu sorriso e não ser a razão dele. É cansativo não poder olhar nos teus olhos e lhe dizer tudo que está entalado na garganta. É horrível te ver sorrindo pra outra garota. Um sorriso que deveria ser meu. Tu me faz me sentir tão boba. Me faz me sentir uma criança boba e ingênua. O engraçado é que só tu que me faz sentir assim. Eu queria poder abraçar-te e dizer tudo o que sinto. Mas queria que tu percebestes apenas com meu olhar. Será que tu não percebes mesmo? Ás vezes acho que meu olhar grita “te amo!” quando estou contigo, mas é como se tu não escutastes. Nem meu coração tu consegues ouvir? Ele batendo forte como tambor quando encontro teus olhos. Ah, bonito vai ser o dia em que eu te direi tudo. Será que vamos mudar algo? Pra melhor? Pra pior? Será que ainda seremos meros amigos? Amigos […] Dói saber que somos apenas isto. É pouco pra tanto sentimento aqui dentro de mim. Aqui dentro está como um vulcão inativo […] Está calmo agora, mas a qualquer hora pode explodir. Queria tanto poder te ter agora. Te ter pra sempre aqui comigo. Hoje vi na rua um casal andando de mãos dadas e decidi que seremos como eles. Mas não eram um casal qualquer. Eram meus vizinhos. São casados há muito tempo e até hoje se amam como dois jovens. Queria que fostes assim conosco. Queria que o amor durasse tanto quanto aquele. Quero que sejamos perfeitamente imper(feitos) um pro outro. Não precisa ser como em contos de fadas. Já deixei de acreditar em príncipe encantado há muito tempo […] Mas não significa que deixei de acreditar em amor verdadeiro.