A
gente briga sim, a gente discute sim, a gente vira a cara um pro outro
sim. Um dia ou outro a gente não se suporta. Ficamos de cara feia,
chateados e mal-humorados. É errado isso? Não. Faz parte do amor? Faz.
Porque quando a gente ama alguém, temos que amar ele inteirinho. Do
jeitinho que é. Pacote completo. Sem tirar nem pôr e, muito menos,
querendo mudar alguma coisa. Temos que aprender a gostar
daquela mania chata que o outro tem, daquele jeito de quem não presta
atenção nos detalhes nem se lembra de datas importantes. Temos que
aprender a gostar daquele sorriso torto, daquele jeito irritante de
fazer comentários ou falar sobre qualquer coisa que não nos agrade.
Temos que aprender a gostar do cabelo desarrumado, e da cara amassada de
quem acabou de acordar. Temos que aprender a gostar do jeito orgulhoso,
e de quem quer ser o dono da razão. Sempre. E, se não gostar, pelo
menos aceitar. Temos que aprender a gostar do teu filme preferido,
porque em um dia cansativo será ele que vocês dois irão assistir
abraçados e deitados, um ao lado do outro. Temos que aprender a gostar
(ou entender) que em alguns momentos o outro precisa de espaço, precisa
ter um tempo para ele e mais ninguém. Nem mesmo para você. Mas nem por
isso ele não queira ou não goste mais da tua companhia. Temos que
aprender a gostar de tudo, tudinho. Das caretas, dos abraços mal dados,
das implicâncias, dos ciúmes, das provocações, das vezes que o outro vai
estar ocupado demais para você… Simplesmente tudo! E, mesmo assim, faz
você continuar agradecendo todas as noites quando deita a cabeça no
travesseiro pela pessoa maravilhosa que está ao teu lado, ocupando teu
coração e cuidando do teu amor melhor que ninguém. Por ser quem mais te
faz bem e feliz. Por ser quem te cuida, te protege e te dá a certeza de
um “para sempre” que você jamais imaginou existir.
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