Eu te mandei embora na primeira vez em que conversamos. Te mandei embora
na final do Brasileirão 2011, no meu aniversário, no ano novo, no
feriado do Carnaval, num domingo qualquer. E em nenhuma dessas vezes (e
em outras inimagináveis) você realmente foi. Quando ninguém disse nada,
quando não houve quebra de pratos e de consciência, quando eu não te
odiei, não chorei, você foi, desapareceu. Nunca mais voltou. Eu não te
pedi para ir. Mas o silêncio quis. Em qual cama você descansa? Em qual
peito? A minha é, até hoje, dura, porque você nunca dormiu aqui. O meu
é, até hoje, oco, porque você nunca trouxe suas malas e fez moradia.
Tudo sempre será completamente frustrado pela falta que você faz. Eu
sempre serei completamente frustrada pela falta que você faz. Que merda
vai acontecer com a nossa história de amor? Espero que a gente se
(re)encontre num posto de gasolina, às três da manhã de um novembro
qualquer. Novembro se parecem com a gente."
— “Chega mais cedo, amor, eu finjo que eu não esperava.”
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