sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Procurando algum sinal de alguma coisa - qualquer coisa - que diga que haverá volta, ou só paz, ou só uma saudade boa de se devorar. Qualquer coisa que sopre como um sussurro de amor, ou paixão, ou seu riso bagunçado no telefone novamente. E o violão te vigiando, rindo, rindo, rindo contigo. Eu disse que não escreveria mais. Bom, cartas, eu ainda tenho medo de cartas se perderem no caminho, dos sentimentos se desfazerem e essa coisa. Mas eu ainda quero escrever uma carta pra você. Era isso que eu deveria estar fazendo. Eu vou, eu vou. Isso aqui é um esboço. Eu disse que abandonaria os esboços que insisti em manter aqui. Agora estou aqui novamente. Deixa eu te explicar, deixa. Você me falou sobre as estrelas e eu as vi em você. Na sua pele, nos seus olhos. Você era só estrelas, planetas, céu. Você disse que… Esqueça. Mas eu vi. Só que eu tive medo de olhar para o céu e não vê-las lá. Você poderia ter guardado-as, fugido com elas, sei lá. Mas tive medo de não encontrá-las no céu. Eu ainda te amo hoje. Eu te espero aqui, entre um cômodo e outro da minha casa ensaguentada. Não, nem sempre. Às vezes ela está tão clara e arrumada. Não vou fugir. É uma música. Você a conhece? Você pode fugir. Sua ausência me abraça. Eu ainda te amo hoje."
“Não precisa me lembrar, não vou fugir de nada.” Minhas promessas nem sempre são cumpridas, mas eu vou tentar alguma coisa (pelo seu riso).

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