domingo, 20 de janeiro de 2013


Eu nunca gostei de festas, de ficar no meio da multidão. Mas eu precisava me distrair, e decidi ir naquela festa em cima da hora. Comecei a me arrumar, coloquei um vestido novo, me senti ridícula com ele, não gosto de vestidos justos e muito curto. Quando recebi uma mensagem tua perguntando quando teríamos aquela conversa, e eu disse que quando quisesse. Terminei de me arrumar e fui ao seu encontro, voce me deu um abraço e um beijo no rosto, como se fóssemos amigos. Sentamos num banco da praça, aquele mesmo banco em que um dia a gente se sentou e ficou namorando e agora estavamos ali indiferentes, como se nunca tivesse acontecido nada. Voce disse que eu poderia dizer o que não disse no dia que terminamos, sabe, era tanta coisa engasgada, presa na garganta. E eu disse tudo que pensava. Meu coração estava disparado, minhas mãos e pernas trêmulas, mal conseguia falar. E realmente era complicado seguir com o nosso namoro. Eu não teria atenção e nos veríamos apenas uma vez ao mês, se você pelo menos fosse tão carinhoso comigo como era no inicio, um unico encontro valeria a pena. E voce propôs que quando estivesse na cidade que ficássemos, sem compromisso, eu aceitei, nos beijamos. E eu fui para a droga da festa, e realmente não pertenço aquele mundo. Músicas com letras sem sentido, pessoas bêbadas, dançando e beijando quem nunca viram na vida... E hoje eu acordei com aquela sensação de não saber se fiz a coisa certa, eu não sei se saberia ficar com alguém sem compromisso. Eu não sei se meu coração entenderia isso. Ainda mais porque ele gosta de ti, do seu jeito, do seu sorriso. E gostar de alguém que não lhe pertence e nem vai te pertencer é dolorido demais.

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