sexta-feira, 29 de março de 2013

- violão ;


Então ele estava ali, dedilhando ao violão uma linda melodia.
Eu observava consciente de que se ele olhasse para mim eu desviaria o olhar: Timidez aguda obsessiva era minha grande doença.
Deveria ser pecado nascer tão bonito! Se não for pecado, deve ser ao menos uma grande e imensa injustiça para com os feios...
Puxa, como eu pude me apaixonar desesperadamente por alguém assim: bonito e cheio de talentos (tocar e cantar)? Sou muito burra, eu sei, mas eu não consigo controlar a burrice esquizofrênica que assola meu coração. As forças interiores são mais fortes que minha força física e racional... Impulsos descontrolados e avassaladores... Em suma: paixão idiota.
Sabe quando um garoto desses vai olhar pra mim? Ene-u-ene-cê-a: NUNCA!
Os anos passam e mais dias e menos dias a gente acaba esquecendo aqueles amores infantis retardados, aqueles amores que nos deixam suspirar pelos cantos e ficar devaneando uma série de coisas que supostamente poderiam acontecer, mas nunca, NUNCA acontecem (eu sei é patético, mas eu já fiz isso!).
E o tempo passa, então, um dia você vai para um showzinho, senta-se solitária em uma mesa, pede um drink e vê (vê não só com os olhos, mas com o coração) aquele mesmo cara (por quem você passava noites pensando) dedilhar o violão com aquela melodia tão conhecida (já que nunca esquecemos as músicas/melodias que marcam nossas vidas) e com uma letra reveladora:
A letra da música falava de uma garota que o assistia tocar violão, mas que sempre disfarçava estar observando-o. Ele adorava aquele jeito cativante dela, fascinava-se com tamanha sensualidade que existia no ato, mas ele não tinha coragem de ir falar com ela, pois ela era linda e tinha uns playboyzinhos dando mole assim ele nunca teria chance, mas ele havia lhe entregado suas canções, seu violão e seu coração...
Direcionada para mim? Será? Prefiro pensar que não porque se for dá uma raiva sem tamanho...

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