Me sinto patética na hora de dar tchau. Porque como sempre - eu e minha
mania de fazer o simples se tornar uma grande equação quadrática -
transformo o “tchau, amor”, em uma vontade intranscritível de dizer a
ele o quanto ele me faz bem, o quanto eu queria lhe beijar por umas três
horas seguidas para agradecer e demonstrar minha felicidade por tê-lo, o
quanto meu amor é muito maior que eu, e só depois disso dizer tchau.
Acho que um tchau propriamente dito e vivido só é um tchau depois disso
tudo ter se esclarecido. Por isso você nunca vai direito, dentro de mim.
Porque nunca dá tempo de dizer tudo. E aí você fica, impregnado nas
paredes de mim. Da minha alma.
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