Talvez é a palavra que se encaixa para o início de um texto onde o apoio
são incertezas. Sempre acabamos por esperar demais da vida, dos dias, e
de nós mesmos, isso é só mais um clichê de esquina de bar e álcool no
sangue. Mas acontece que eu, caralho, eu espero o tempo inteiro por
você. Possivelmente você caminhe pra nunca chegar onde eu sempre estive,
ou nas voltas tortas a gente possa seguir outro atalho, e não termos
mais nada pra esperar, nem vedar o que escorre sem limite. Existem
tantos caminhos, tantos passos perdidos e nenhum adeus concreto, mas o
problema é que divago por medos sem cabimentos, sem encaixe algum, e
costumo prender o coração onde nunca coube o excesso do sentir que trago
comigo. São denúncias e entregas. É desespero no silêncio e palavras
sem nexo. Eu piro em noites de insônia enquanto você (provavelmente)
dorme, eu sempre me feri casualmente, ou não. Eu sangro por você e nessa
parte não há incertezas.
“Tu é alma, eu sou sangue.”
Porra, me estanca."
— Ricardo.
“Tu é alma, eu sou sangue.”
Porra, me estanca."
— Ricardo.
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