domingo, 9 de fevereiro de 2014
Bom moço: Foi fácil!? – Ele disse e me olhou. Eu olhei diretamente pra ele.
Moça Bonita: Ta falando do que?
Bom moço: Me trocar... Foi fácil pra tu?
Moça Bonita: Olha, não vamos forçar a barra, ta!? Não precisamos conversar e nem nos olhar. Eu viro pra um canto e tu pro outro. Duas horas passam voando.
Bom moço: Preciso saber.
Moça Bonita: Pra que? Nada do que eu disser vai mudar a ideia de que eu sou uma mentirosa que quer dois garotos no meu pé, né!?
Bom moço: Tu não muda nunca. O rancor ta aí, igualzinho antes.
Moça Bonita: Quer chegar aonde com isso?
Bom moço: Me responde.
Moça Bonita: Não. Não foi fácil. Não está sendo fácil, na verdade. Satisfeito? Agora não me enche mais. Fica quieto e finge que eu não estou aqui.
Ele realmente se calou depois que eu o respondi. Foram alguns minutos em silêncio. Eu tentava olhar pra todos os cantos, menos pra ele. Foi difícil, minha vontade era de agarra-lo ali mesmo. Mas eu não podia magoar o Pedro. Eu sei que não assumi nada sério com ele, mas imagino no lugar dele, não ia querer isso pra mim também. Ele me fazia bem e eu não podia decepciona-lo desse jeito. E fora que, o Guilherme não merecia isso. Ele pisou em mim e me humilhou. Se um dia ainda me quiser, vai ter que ralar muito pra conseguir. Muito.
Ele se levantou e ficou andando de um lado pro outro. Estava começando a me irritar. Merda! Eu senti uma vontade enorme de fazer xixi. Justo agora? Que merda!
Manuela: Preciso fazer xixi.
Bom moço: Faça, ué.
Moça Bonita: Com você aí? Não vou conseguir.
Bom moço: Vou olhar pra porta, tenta aí.
Moça Bonita: Ta. – Ele se virou e eu tirei o shorts e calcinha. Tentei fazer xixi, mas não consegui fazer. Normalmente, eu não ligava pra se tivesse alguém no banheiro comigo ou não, mas agora eu travei. Não saia de jeito nenhum.
Bom moço: Acabou?
Moça Bonita: Não consigo.
Bom moço: Vou ligar a torneira pra ver se vai. – Ele veio de costas até a pia e abriu a torneira. Consegui urinar. Me limpei, subi a roupa e dei descarga.
Moça Bonita: Obrigada. – Fui até a pia e lavei a minha mão. Levei um susto enorme quando terminei de secar as mãos e o Guilherme segurou uma delas. Eu olhei fixamente pra mão dele segurando a minha e depois olhei pra ele. – Me solta.
Bom moço: Não posso... – Ele me olhou. Eu engoli a seco e tentei me soltar, mas ele estava segurando forte.
Moça Bonita: Por favor, Guilherme...
Bom moço: Por que, Manuela? Por que não me esperou? Eu pensei que você me amasse. – E novamente eu senti meu coração na boca. Por que ele tinha que falar aquilo agora? Eu tinha desacreditado do amor dele. Ele estava com a Regina. Pra que me confundir de novo?
Moça Bonita: Para, Guilherme. Não faz isso comigo, por favor.
Bom moço: Você me ama ainda, né!? – Ele sorriu e colocou a mão no meu rosto. Alisou o mesmo. Eu fechei os olhos e fiquei sentindo o carinho dele. – Eu sei que você me ama. Teu corpo está me dizendo isso. – Ele deslizou a mão do meu rosto pro meu pescoço, alisou o mesmo e depois passou a mão no meu ombro.
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