domingo, 11 de maio de 2014

- Frio de sobrar a manga do moletom;


Embora eu não tenha muita coisa pra oferecer,
tudo o que eu sou, eu vou gostar de ser pra você.
Por isso, se quiser, te empresto meu cobertor de abraços.
Hoje que tá fazendo frio eu posso te aquecer com meus braços.
E falando uma coisa ou outra eu posso tentar aquecer seu coração.
Esse é aquele frio de colocar as meias por cima do pijama.
É aquele frio de sobrar a manga do moletom, de fazer “cabana” com as mãos
e dar um sopro pra aquecer.
Imagina que demais a nossa conchinha pra dormir?
Depois de embrulhar os pés no edredom, eu poderia colocar minha mão
por cima de você e a levaria até seu rosto.
Por mim, nem precisaríamos mudar de posição.

Que tal um filme?
Eu também poderia preparar algo pra gente, se quiser.
Hoje tá frio, o ideal seria algo quente.
Eu ia gostar de ver seu óculos embaçado pela fumaça da caneca.
Os meu também ficaria.

Caso sinta vontade de falar sobre a semana, nós podemos conversar.
Só ia propor que escolhamos uma música calma pra relaxar.
Tem vezes que queremos ser ouvidos e não opinados. Eu gosto de escutar.
Pode me falar o que espera da sua segunda-feira.
O que pretende fazer de diferente?
Se por um dia preferir chá no lugar do café já vai ser um dia mais experiente.
Nessas pequenas escolhas que o lado bom da vida está presente.

Ok, eu poderia contar da minha vida também, se quisesse.
Poderia falar como foi meu fim de semana e o que espero para os próximos dias.
Talvez eu reclamaria que fazer tantas baldeações no metrô me cansam,
talvez eu falaria que tenho que entregar algumas coisas nem tão legais assim,
ou talvez eu meteria o pé pelas mãos e daria alguma brecha de que eu ficaria feliz
se nós encontrássemos mais algum dia no meio da semana. Vai saber.

Hoje eu gostaria de te oferecer uma viagem pra um lugar quente.
Mas no momento só posso oferecer o calor das minhas mãos.
E alguma delas no seu cabelo pra você relaxar.

Não sei se as minhas ideias são boas assim o suficiente.
Talvez eu nem saiba direito o que dizer sobre a gente,
mas eu gosto de deixar claro que a única intenção
é te fazer sentir bem, te fazer sentir diferente.
A única intenção é te convencer que as ideias que tenho eu dedico à você.
E não pra qualquer outra pessoa que aparecer na minha frente.

Tenho medo de não te corresponder.
Sei lá, vai saber, essa coisa toda de fases diferentes,
de se antecipar, querer cuidar e por isso assustar.
E tem vezes que eu gostaria de mudar se eu pudesse,
só que no fim prefiro ser eu, e só falo isso por um motivo:
porque eu só posso garantir “eu mesmo” para oferecer a alguém,
eu só posso garantir que as coisas que me fazem bem
são as mesmas coisas que eu posso oferecer pra alguém.
(apesar de que eu posso inventar coisas novas, eu vou gostar!)

Não tenho medo de nada não.
Coisa boa é ter frio na barriga; melhor ainda é conseguir esquentar.
Sei lá, vai saber, essas coisas de se permitir viver,
de deixar acontecer, de aproveitar mais do que querer entender.
E eu não gostaria de mudar nada não,
no fim prefiro me surpreender, e só falo isso por um motivo:
Hoje tá fazendo frio que abraços podem aquecer
e tem um lugar sincero aqui no meio dos meus braços pra você.
É só querer.

- Um travesseiro para dois. 

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